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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Maria Fumaça e Não se Fume

Campanhas de saúde pública também podem ser criativas e inteligentes!

Uma bela prova disso é a campanha "Não se Fume", da Sociedade de Pneumologia do RS com a Rádio Pop Rock.
Confiram no site a reprodução de "Maria-Fumaça", veiculada na rádio, e o vídeo de "Estava a Velha em Seu Lugar..." - muito bons!!!

http://www.sptrs.org.br/index.php?option=content&task=view&id=136

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Combate ao Refluxo - por Drauzio Varella

Combate ao refluxo
Drauzio Varella 23 de setembro de 2010 às 17:17h

Entre os sintomas mais frequentes estão a azia e dores no tórax. Para prevenir, mude a alimentação e também outros hábitos

Adefinição é nebulosa: “Condição que se desenvolve quando o refluxo do conteúdo gástrico causa sintomas e/ou outras complicações”.
Os sintomas e condições associadas à doença do refluxo podem ser classificados em dois grupos:

1. Síndromes esofágicas
Os sintomas mais comuns são: azia, regurgitação, dor à deglutição e dores no tórax. Salivação excessiva e náuseas são menos frequentes.
Há quatro condições associadas: esofagite de refluxo com erosão e necrose da mucosa de revestimento logo acima da junção com o estômago; estreitamento esofágico causado pela inflamação; esôfago de Barrett caracterizado por alterações nas células da porção terminal do órgão; e adenocarcinoma.

2. Síndromes extraesofágicas
Tosse crônica e laringite acompanhada de rouquidão e pigarro persistente, geralmente associada ao uso excessivo da voz, a irritantes ambientais e ao cigarro.

Asma (como um cofator nos casos de difícil controle das crises).
Erosão do esmalte dos dentes causada pelo conteúdo gástrico ao refluir até a boca.

Paradoxalmente, cerca de dois terços das pessoas que se queixam de refluxo, não apresentam nenhuma esofagite à endoscopia.

Por essa razão, quando os sintomas são típicos e a resposta ao tratamento é rápida não há necessidade de realizar endoscopias nem outros exames. No entanto, a maioria dos médicos opta pelo exame endoscópico para afastar as possibilidades de estreitamento esofágico, câncer ou esôfago de Barrett, condição que predispõe à malignização.
Em casos selecionados, exames mais complexos permitem avaliar a motilidade gástrica, quantificar a exposição do esôfago ao ácido e relacionar os sintomas com a periodicidade dos refluxos.
O tratamento envolve:

1. Dieta alimentar
Evitar frutas cítricas, tomates, cebolas, bebidas gasosas ou com cafeína, comidas apimentadas, gordurosas ou fritas, chocolate, café e chá.

2. Mudanças no estilo de vida
Parar de fumar.
Se houver sobrepeso ou obesidade, emagrecer.
Reduzir o consumo de álcool (especialmente vinho tinto à noite).
Evitar refeições copiosas, e só ir para a cama duas ou três horas depois da alimentação. Não deitar depois das refeições.
Nos casos em que os refluxos acontecem à noite, elevar a cabeceira da cama. Não usar roupas nem cintos apertados.

3. Medicamentos
Reduzir a acidez do suco gástrico melhora os sintomas e facilita a regeneração dos tecidos lesados pela inflamação.
Existem dois grupos de medicamentos usados com essa finalidade: os inibidores da bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, lanzoprazol, esomeprazol e outros) e os antagonistas do receptor H2 (cimetidina, ranitidina, famotidina e outros).

Os estudos mostram que os inibidores da bomba de prótons são mais eficazes tanto na cura das esofagites quanto no controle dos sintomas.
A duração do tratamento é extremamente variável. Como os sintomas tendem a se tornar crônicos, o uso prolongado é indicado em parte significante dos casos. Um estudo documentou boa eficácia e segurança dos inibidores da bomba de prótons por períodos de até 11 anos.

Os riscos potenciais do uso prolongado são: má absorção de nutrientes, pequenos aumentos do número de fraturas ósseas depois dos 50 anos de idade (má absorção de cálcio) e de gastroenterites.
Antiácidos podem ser úteis nas crises de azia que surgem apesar da medicação.

4. Cirurgia
A cirurgia clássica (fundoplicação de Nissen) é feita por laparoscopia. Nela, a parte alta do estômago é suturada ao redor da porção distal do esôfago com o objetivo de criar uma barreira antirrefluxo.
Depois de um período eufórico nos anos 90, as indicações cirúrgicas se tornaram mais restritas porque a eficácia é maior na cura da esofagite do que no controle dos sintomas. Avaliados depois de dez anos, cerca de 60% dos operados voltam a tomar medicação.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Intolerância à lactose e alergia ao leite de vaca - Entrevista

Algumas definições antes de começar a responder as perguntas.
Lactose é um carboidrato. É um dissacarídeo presente unicamente no leite de mamíferos que precisa ser hidrolisado (digerido) pela lactase. A lactose não é absorvida pelo nosso organismo, somente após ser hidrolisada ("quebrada") em glicose e galactose - esses monossacarídeos é que são absorvidos pelo intestino para caírem na corrente sanguínea.
A lactase é uma enzima produzida no próprio intestino.
Logo após o nascimento, o intestino do ser humano (no bebê) produz uma quantidade muito grande de lactase e assim conseguimos quando somos recém-nascidos sobreviver apenas com o leite. Com o passar dos anos, o nosso organismo vai produzindo menos lactase e assim passamos a digerir menos o leite.
O leite também contém proteínas, como lactalbumina, caseína, lactoferrina.

- O que é intolerância a lactose?
Intolerância à lactose é a dificuldade de digestão desse carboidrato chamado lactose que está presente no leite.
É comum ao longo da vida as pessoas passarem a ter mais dificuldade na digestão da lactose, pois a enzima que digere a lactose, produzida no intestino, normalmente se reduz ao longo dos anos e assim as pessoas passam a não digerir competamente a lactose.
Algumas pessoas, com o passar do tempo, param quase que totalmente de produzir lactase, e aí a lactose não é digerida. É quando chamamos de intolerância à lactose, porque, essa lactose não digerida fica dentro do intestino e por diversos mecanismos passa a causar problemas, como por exemplo, por osmose, puxando água para dentro do intestino e provocando diarréia, ou sendo fermentada pelas bactérias do cólon e produzindo muitos gases.
Esses são os principais sintomas de intolerância a lactose: diarréia, sensação de má digestão, estufamento, gases. Pode-se ter ainda nauseas e vômitos.
Existe a deficiência congênita de lactase, ou seja, um recém nascido que já desde o nascimento não produz lactase e não tem capacidade de digerir o leite. Essa é uma condição extremamente rara e causa déficit de crescimento e diarréia na infância logo ao primeiro contato com leite.

- O que é alergia Apvl?
Acho que o correto é APLV - alergia às proteínas do leite de vaca.
É uma situação totalmente diferente da intolerância à lactose.
A alergia às proteinas do leite de vaca é uma alergia, ou seja, reação inesperada do organismo ao entrar em contato com essa substância (proteína). É uma resposta inflamatória às proteínas do leite de vaca.
É muito mais comum em crianças do que em adultos.

- Qual a diferença entre elas?
A intolerância a lactose é uma dificuldade em digerir um carboidrato, e que na maioria das pessoas é normal ocorrer ao longo da vida. É doença que acontece em adultos e mais raramente em crianças.
A alergia é uma reação inesperada as proteínas do leite de vaca. O contato com a proteína do leite de vaca gera uma inflamação e reações de alergia (alterações de pele como vermelhidão, coceira, rinite, asma) e pode provocar alterações intestinais mais graves. É doença que acontece em crianças.

- Como identificar intolerância a lactose e a alergia Apvl?
Pela clínica.
A intolerância a lactose provoca em geral sintomas de gases, sensação de má digestão, diarréia ou fezes mais amolecidas, nauseas e vômitos.
A alergia às proteinas do leite de vaca provoca diarréia mais importante, que pode ser inclusive com sangue, e sintomas de alergia (alterações de pele como vermelhidão e descamação, coceira, rinite, asma).
Existem ainda alguns testes para pesquisar essas doenças.
Para a intelerância a lactose, existem:
teste no sangue (dosagem de glicose após sobrecarga ia oral com 50g de lactose)
teste respiratório (medidas dos níveis respiratórios de hidrogênio após sobrecarga via oral de 50g de lactose)
teste genético (no sangue)
Para a alergia às proteínas do leite de vaca existem os testes de alergia como “prick teste” e RAST

- Qual é o melhor tratamento?
O tratamento é a exclusão do leite da dieta.
No caso da intolerância a lactose, deve-se evitar os produtos derivados do leite que contenham lactose, como o leite em si, iogurtes, sorvetes, e até mesmo queijos. Deve-se cuidar com alimentos que contém leite de forma menos evidente, como alguns tipos de pães, panquecas, produtos industrializados prontos para servir (como molhos prontos para salada, sopas em pó etc)
Pode-se utilizar leites com baixo teor de lactose e ainda usar a enzima lactase que existe em comprimidos.

No caso da alergia, deve-se excluir o leite de vaca e também evitar o consumo de produtos derivados de leite que contenham proteínas. Essa exclusão deve ser feita por pelo menos 6 meses.
Com relação à alergia as proteínas do leite de vaca deve-se ainda ressaltar que a melhor prevenção é o aleitamento materno.

- A que sintomas a mãe deve estar atenta para que seja detectado o mais cedo possível?
Diarréia, irritabilidade, deficiência de crescimento.

- Quais são os perigos se a doença não for identificada a tempo?
Qual das doenças?

A alergia às proteínas do leite de vaca é uma situação mais perigosa, pois afeta crianças pequenas e pode comprometer o desenvolvimento da criança.
No caso da intolerância àlactose, o quadro é mais tranquilo pois ocorre mais frquentemente em adultos e não gera tantas complicações como a alergia.

- A alergia é hereditária?
Parece haver uma predisposição hereditária, mas a presença da alergia depende de uma interação complexa entre fatores genéticos e ambientais.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Novo post...

Data da última publicação 25/02/10. Difícil manter um blog atualizado. Admiro quem consegue fazer isso diariamente.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

2010

Só agora me dei conta que ainda não tinha escrito nada nesse blog esse ano...!
Mas vamos considerar que o ano só comneçou há 1 semana, depois do carnaval... hehehe
Estou novamente empenhada em terminar o artigo do mestrado. Ainda falta ânimo, um trabalho de tanto tempo, já estou de saco cheio, mas não posso abandonar, afinal deu um baita trabalho prá muita gente!
Bom trabalho a todos!
Bom 2010! Ano do meu casamento!