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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Vacina para HIV - notícia da BBC

http://news.bbc.co.uk/2/hi/health/8315002.stm

Interessante que exista tanta preocupação com a vacina para HIV mas que na verdade é uma doença prevenível com medidas básicas de higiene e segurança com materiais contaminantes... De qualquer forma, é uma notícia animadora!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Câmara hiperbárica

Estou iniciando um texto sobre utilização de câmera hiperbárica, pensando em um protocolo de pesquisa. Segue o início do texto.

Oxigênio hiperbárico
O2 hiperbárico tem sido utilizado cada vez mais frequentemente para tratamento de diversas condições médicas.
Tratamento com O2 hiperbárico foi pela primeira vez documentado em 1662 quando Henshaw construiu a primeira câmara hiperbárica ou “domicilium”. Desde essa época, relatos de efeitos benéficos do aumento da pressão aumentaram, e em 1877, as câmaras eram usadas para muitas condições, apesar de pouco conhecimento científico. E, 1927, Cunningham descreveu a melhora em problemas circulatórios no nível do mar e seu deterioramento em altitudes. Drager foi o primeiro a explorar o uso de O2 pressurizado (inicialmente se utilizava apenas ar comprimido). Pesquisas conduzidas pelos militares norteamericanos após a Segunda Guerra Mundial trouxeram grande conhecimento sobre pressões suportáveis. Como resultado, no início dos anos 60 passou a ser usada para potencializar efeitos da radioterapia, prolongar parada circulatória durante cirurgias e para tratar infecções anaeróbias.
O2 hiperbárico é definido como um tratamento em que um paciente respira intermitantemente 100% de oxigênio enquanto a câmara é pressurizada a uma pressão maior que o nível do mar (1 atmosfera absoluta). O aumento da pressão deve ser sistêmico e pode ser aplicado em monoplace (uma única pessoa) ou em]m câmera de múltiplo lugares. As câmaras múltimplas são pressurixadas Comar e o oxigênio é fornecido por máscara ou tubo endotraqueal, enquanto as câmaras únicas são pressurizadas com oxigênio.Os efeitos da O2 hiperbárico são baseados nas leis dos gases e nos efeitos fisiológicos e bioquímicos da hiperoxia. A Lei de Boyle determina que em uma temperatura constante, a pressão e o volume de um gás são inversamente proporcionais. A Lei de Dalton determina que em uma mistura de gases cada elemento exerce uma pressão proporcional a sua fração no volume total (pressão parcial). A Lei de Henry determina que a quantidade de gás dissolvida em um líquido ou tecido é proporcional a pressão parcial desse gás em contato com o líquido ou tecido. Essa é a base para o aumento da tensão de oxigênio tissular com o tratamento com O2 hiperbárico. A mior parte de oxigênio sanguíneo está ligada a hemoglobina, que é saturada em 97% na pressão atmosférica. Algum oxigênio é transportato em solução e essa porção aumenta com aumento da pressão, conforme a Lei de Henry, maximizando a oxigenação tissular. Quando respirando em ar normobarico, a tensão arterial de oxigênio é aproximadamente 100mmHg e a tensão tissular de oxigênio aproximadamente 55mmHg. Entretanto, oxigênio a 100% em 3 ATA pode aumentar a tensão arterial de oxigênio para 1000mmHg e a tensão tissular de oxigênio para 500mmHg, permitindo uma entrega de 60ml de oxigênio por litro de sangue (comparado a 3ml/L na pressão atmosférica), o que é suficiente para dar suporte a tecidos em repouso sem a contribuição da hemoglobina. Como o oxigênio está numa solução, ele pode alcançar áreas fisicamente obstruídas onde as células vermelhas não conseguem passar, e pode também permitir oxigenação de tecidos mesmo com carreamento de hemoglobina prejudicado, como em intoxicação pó monóxido de carbono e anemia severa.